
As narrativas do Castelo Rá-Tim-Bum constantemente são interrompidas para a exibição de diversos quadros do programa. Quase sempre, eles se iniciam motivados por algum integrante ou acontecimento da trama. Os quadros não duram mais do que dois minutos no geral e trazem um novo conhecimento educativo. Esperados pelos telespectadores, muitos de seus personagens fizeram e fazem tanto sucesso quanto os demais.



Tíbio e Perônio são dois cientistas gêmeos interpretados por Flávio de Souza (também criador e roteirista do Castelo) e Henrique Stroeter, respectivamente. O quadro deles começa quando algum personagem fala a respeito de um determinado assunto: “Eu conheço uma pessoa que se interessaria muito por isso. Uma não, duas”.
Muito atrapalhada, a dupla sempre aparece em seu laboratório, onde faz as mais diversas experiências sobre, por exemplo, a visão dos peixes e o esqueleto humano – as preferidas de Stroeter. Enquanto Tíbio é um pouco mais centrado, Perônio é mais infantil e brincalhão. Aliás, seu sonho é fazer o experimento sobre o voo das borboletas, nunca realizado.

Eles também possuem um animal de estimação chamado Tatatossauro. No entanto, a criatura nunca é revelada para o público, pois os próprios donos temem o bichinho e apenas aparecem alimentando-o. Tíbio e Perônio vão até o Castelo em raríssimas vezes (as gravações mais divertidas para Henrique), e seus nomes vêm dos ossos da perna tíbia e perônio. Os personagens são inspirados nos detetives Dupond e Dupont, de As Aventuras de Tintin.

Telekid é um personagem superinteligente interpretado por Marcelo Tas e sinônimo de tecnologia para a época de exibição inédita do Castelo Rá-Tim-Bum. Na grande maioria das vezes, seu quadro inicia após os integrantes da trama se cansarem dos “por quês” de Zequinha e ele surgir dizendo: “’Porque sim’ não é resposta!”.

O seu ambiente em si é tecnológico. Com seu “celular” ou controle-remoto, ele faz aparecer cenas daquilo que irá esclarecer, como sobre poluição, surgimento dos prédios, entre outros. Além do mais, a própria sonorização das ações no quadro – feita por Hélio Ziskind – nos remete a algo mais avançado no tempo.


Lana e Lara são duas fadas e irmãs que habitam o lustre do hall do Castelo – o objeto e o cenário foram projetados pela cenógrafa Lu Grecco. Lana (Fabiana Prado) é a mais nova, de vestido rosa e mais infantil. Já Lara (Theresa Athayde) é a mais velha, que veste amarelo e com personalidade oposta. Ambas estimulam o raciocínio dos telespectadores com enigmas e brincadeiras entre elas.
São poucas as vezes em que elas descem do lustre para interagir com os demais personagens e ajudar-lhes em alguma situação. Em raras oportunidades, o rádio delas também é ligado e tem-se o início do quadro do Radialista, um boneco de um locutor manipulado por João Ferreira que exibe pequenas apresentações de grupos musicais de crianças.

João de Barro e as Patativas, habitantes da árvore do Castelo, são pássaros que fazem o “Que Som É Esse?”. Dentro de uma casinha de João de Barro, as Patativas – interpretadas por Dilmah Souza e Ciça Meirelles – cantam uma canção até revelarem o nome do instrumento (são 28 no total) tocado pelo companheiro, sempre um músico diferente. Hélio Ziskind foi o responsável pelo quadro. As vozes das passarinhas são de Maria Aparecida de Souza, Rita Kfouri, Sueli Gondim e Tania Lenke.

Ratinho é um boneco de massinha que, através de músicas feitas e cantadas por Hélio Ziskind, estimula o telespectador a jogar o lixo no lixo, reciclar, escovar os dentes e tomar banho – a canção preferida do músico. Toda a animação do quadro foi feita por Marcos Magalhães. Em seu Ratomóvel, o personagem percorre o Castelo e entra em sua garagem, na sala de música, quando a diversão começa.

“Eu vou mostrar para a moçada como fazer...”. Não há como não se lembrar do quadro “Como Se Faz”, que apresenta a fabricação de diversos objetos, relacionados ao que acontecia na trama. O músico Wandi Doratiotto recebia o clipe pronto com as cenas e tinha de compor e cantar em cima delas.

“O quadro Como Se Faz me deu muito prazer porque sou, antes de mais nada, um compositor popular. É a praia de que mais gosto. A minha parte foi pensada utilizando um ritmo brasileiro agradável, que é o samba de breque. Funcionou!”, disse o artista. Umas de suas histórias preferidas são a do bolo e a do tijolo.

Dez fantoches de dedos falantes ensinam a contar através de suas apresentações musicais, com influência do Rockabilly. O quadro é chamado pelo Fura-Bolos.


“Lava uma, lava outra...”. Este é outro quadro convocado pelo Fura-Bolos. Nele, um videoclipe com crianças estimula os telespectadores a lavarem suas mãos. A música é do cantor Arnaldo Antunes.

Arnaldo Antunes, Cecília Meirelles, Ferreira Gullar, Manuel Bandeira, Mário Quintana, Paulo Leminski e Vinícius de Moraes têm alguns de seus poemas representados por animações enquanto os personagens os leem.

Quadro em que Morgana conta histórias sobre o mundo, as civilizações, com a participação de Adelaide, sua gralha de estimação.

Dois irmãos índios vivem algumas histórias contadas por Caipora.

Criada pelo Dr. Victor, a pianola fica na sala de música. Quando utilizada, ela mostra uma partitura com bailarinos dançando. O objetivo é fazer o telespectador perceber os diferentes sons das músicas separadamente e juntos.





